
A hérnia umbilical é uma protuberância que pode ser sentida ou vista na região do umbigo. É importante ressaltar que esse tipo de hérnia é bem comum e atinge entre 10 e 20% de todas as crianças.
Ainda que seja predominante na infância, a hérnia umbilical pode afetar inúmeros adultos com condições específicas. Esse deslocamento anormal de tecido se desenvolve quando os órgãos abdominais, geralmente o intestino, forçam a passagem por meio da musculatura da região, gerando uma saliência fora do comum no local.
Para você que deseja conhecer um pouco mais acerca da hérnia umbilical, continue lendo nosso texto e descubra quais seus sintomas, causas e formas de tratamentos. Confira!
O que é hérnia umbilical?
A hérnia umbilical é uma saliência que surge dentro ou ao redor do umbigo, formada por parte do intestino ou por outro órgão abdominal que conseguiu atravessar os músculos abdominais, se acumulando entre os músculos e a pele da região do umbigo, causando um estufamento local.
Também conhecida como hérnia no umbigo, esse tipo de hérnia é mais frequente em crianças, mas também pode surgir em adultos, e pode ser percebida quando o indivíduo faz força na região abdominal, como rir, levantar peso, tossir ou evacuar.
A hérnia pode ser acompanhada de sintomas como dor, desconforto ou náuseas.
Embora a hérnia umbilical não seja considerada grave, é fundamental que seja identificada e tratada de início, só assim é possível evitar complicações, como infecção intestinal ou morte de tecidos devido à alteração da circulação sanguínea na região, uma situação chamada de hérnia estrangulada.
O que causa hérnia umbilical?
Nos casos dos bebês, durante a gestação, a comunicação entre a placenta e o feto é realizada por meio do cordão umbilical. Com isso, o chamado anel umbilical é um orifício formado por músculos e tecidos, por onde passam os vasos sanguíneos do cordão umbilical.
Após o nascimento da criança, essa estrutura perde sua função e o anel cicatriza e se fecha. Portanto, em algumas pessoas, este processo de cicatrização é falho, o que resulta em um orifício ou no enfraquecimento da região.
Assim, a hérnia surge justamente a partir dessa abertura, por onde é possível transbordar uma pequena porção de órgãos internos, na maioria das vezes, o intestino.
Além disso, o aparecimento da hérnia umbilical está diretamente relacionado ao estado de saúde geral e qualidade de vida dos pacientes na fase adulta. De modo geral, estão mais predispostos a desenvolver este tipo de deslocamento os indivíduos que:
- Trabalham carregando peso;
- Praticam exercícios físicos de alta intensidade;
- São fumantes;
- Estão acima do peso;
- Possuem doenças do colágeno ou aneurisma da aorta;
- Gestantes ou pós-gestação, devido ao elevado volume abdominal;
- Possuem líquido na cavidade abdominal;
- Fizeram alguma cirurgia abdominal anterior.
Hérnia umbilical: sintomas que indicam a presença desta doença
Os principais sintomas são:
- Dor abdominal;
- Dor ou desconforto no local da hérnia;
- Náuseas;
- Prisão de ventre;
- Saliência na região do umbigo, que geralmente, fica maior ao fazer esforços abdominais.
Já nos casos mais graves ou quando acontece um estrangulamento dos tecidos na hérnia, podem surgir sintomas como:
- Alteração na cor da pele em volta da hérnia, que pode ficar vermelha, roxa ou escura;
- Vômitos;
- Febre;
- Inchaço;
- Dor ou sensibilidade no abdômen.
É de suma importância que, nessas situações mais agravantes, o paciente procure um atendimento médico imediatamente.
Nos bebês ou nas crianças, a hérnia umbilical, normalmente, não causa dor, sendo muitas vezes percebida, quando eles choram, tossem ou fazem algum esforço abdominal, o que deixa a protuberância do umbigo maior e mais visível.
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Como é feito o diagnóstico da hérnia?
O diagnóstico de hérnia umbilical, no caso dos bebês e crianças, é feito pelo pediatra, já nos adultos, é realizado por um médico do aparelho digestivo ou clínico geral. Essa confirmação deve ser feita por meio do exame físico, ao observar a saliência dentro ou ao redor do umbigo, e da avaliação dos sintomas.
Nas situações em que a hérnia seja de difícil diagnóstico clínico, o profissional pode solicitar exames de imagem, como ultrassom abdominal ou tomografia computadorizada.
Qual é o melhor tratamento para hérnia umbilical?
O tratamento para hérnia deve ser feito sob orientação médica, sendo que na maioria dos casos, não é necessário nenhum tipo de tratamento, principalmente em crianças e bebês, porque, à medida que vão crescendo e se desenvolvendo, a hérnia umbilical desaparece sozinha, o que pode acontecer até os 5 anos de idade.
Porém, se a hérnia não melhorar até os 5 anos, se formar na idade adulta ou tiver sintomas de estrangulamento, a melhor opção de tratamento indicada pelos médicos é a cirurgia, também conhecida como herniorrafia, realizada com o objetivo de evitar complicações.
Como é feita a cirurgia de hérnia umbilical?
A cirurgia de hérnia umbilical é simples e pode ser feita em indivíduos a partir dos 5 anos de idade. O procedimento pode ser realizado com as seguintes técnicas:
- Cirurgia aberta/tradicional: é feita uma incisão na região umbilical, reposicionando a parte do órgão que se deslocou para fora da cavidade abdominal. Para impedir a reincidência da hérnia, é realizada uma sutura e fechamento do orifício;
- Cirurgia laparoscópica: é a técnica que utiliza uma câmera acoplada em uma cânula para realizar o procedimento de reposicionar o órgão e fechar o orifício. Geralmente, esse método é usado para hérnias maiores ou que já foram operadas anteriormente;
- Cirurgia robótica: esse método utiliza um robô, que é guiado pelos médicos, para realizar o processo de recolocação do órgão extravasado.
Normalmente, durante todas as técnicas cirúrgicas citadas acima, pode ser necessária a utilização de uma tela ou rede de proteção no local com o objetivo de evitar que a hérnia volte a surgir e para reforçar a parede abdominal.
Por fim, é fundamental reforçar que o paciente é anestesiado para a intervenção, e devidamente acompanhado por uma equipe multidisciplinar.
Cirurgia hérnia umbilical: repouso e pós-operatório
O pós-operatório desta cirurgia costuma ser dentro do esperado, sem complicações. Em muitos casos, os indivíduos recebem alta no mesmo dia do procedimento.
No entanto, a principal queixa dos pacientes é em relação às dores e desconfortos. Nessas situações, podem ser prescritos analgésicos para diminuir tais sintomas. Vale lembrar que inchaço ou hematoma na região também é normal após uma cirurgia, tal como as alterações no trato intestinal.
Por fim, o principal cuidado após a intervenção é manter repouso, sobretudo de atividades físicas, por algumas semanas. Durante o período de recuperação, é recomendado que o paciente evite realizar atividades leves por 2 a 3 semanas, já as tarefas mais intensas podem ser retomadas apenas após 6 semanas.
A propósito, por questões de segurança, é indicado que o indivíduo não dirija durante 3 e 5 dias após a cirurgia.
Como curar hérnia umbilical naturalmente?
É extremamente importante lembrar que não existe nenhum tipo de remédio para hérnia umbilical que permite curar esse deslocamento. Como citado, a única opção possível é realizar a cirurgia.
Em alguns casos, os pacientes podem optar por medidas de vigilância, sempre com o cuidado de prevenir possíveis complicações e desde que a hérnia não apresente sintomas que afetem significativamente a qualidade de vida de cada pessoa.
Clínica Vitálica
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