Câncer no pâncreas
Em 2022, 49.830 pessoas morrerão de câncer no pâncreas apenas nos Estados Unidos.
Essa estimativa alarmante é do Programa de Vigilância, Epidemiologia e Resultados Finais (SEER), do Instituto Nacional do Câncer Americano.
No Brasil, o câncer no pâncreas é responsável por 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% das mortes causadas pela doença.
Quer saber mais sobre essa doença agressiva e de difícil diagnóstico?
Veja no artigo:
- Câncer no pâncreas: como ele ocorre?
- Sintomas câncer no pâncreas;
- O que causa câncer no pâncreas?
- Câncer no pâncreas tem cura?
Como ocorre o tumor no pâncreas?
Também conhecido como neoplasia de pâncreas, este tipo de tumor ocorre quando o pâncreas desenvolve neoplasias sólidas ou císticas (conteúdo líquido), que podem ser benignas ou malignas.
O principal tipo de câncer no pâncreas é o adenocarcinoma ductal, que acomete, principalmente, a região da cabeça do pâncreas, mas não é o único.
Outros tipos de câncer no órgão, podem ser:
- Tumores neuroendócrinos, como insulinoma e glucagonoma;
- Tumor sólido-cístico pseudopapilar, conhecido como tumor de Frantz;
- Tumores císticos, como o pseudocisto pancreático, o cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso e a neoplasia mucinosa intraductal papilar (IPMN).
Câncer no pâncreas: sintomas
Os sintomas de câncer no pâncreas variam de acordo com o local de acometimento do tumor.
Nos casos de tumor na cabeça do pâncreas, no qual a neoplasia invade o ducto biliar, os seguintes sintomas são apresentados:
- Dor abdominal que irradia para as costas;
- Icterícia (olhos e pele amarelada);
- Colúria (urina escura);
- Acolia fecal (fezes claras);
- Perda de peso.
Já nos tumores que acometem o corpo e a cauda do pâncreas, os sintomas são inespecíficos:
- Dor abdominal que irradia para as costas;
- Eventualmente, pode até ser confundido com dor de coluna;
- Perda de peso.
Como você viu, os sintomas de câncer no pâncreas podem variar bastante, e nem sempre são claros. Por isso, o acompanhamento médico é tão importante.
Bom, agora que você já sabe quais os sintomas de câncer no pâncreas, vamos entender as causas desta doença.
O que causa câncer no pâncreas?
O risco de desenvolver câncer no pâncreas depende de muitos fatores, como idade, genética, estilo de vida e fatores ambientais.
E apesar de não haver causa única, existem alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolvê-lo.
Fatores de risco do câncer no pâncreas
Envelhecimento
O câncer no pâncreas é mais comum em pessoas mais velhas. De acordo com a Instituição de Pesquisa sobre o Câncer, Cancer Research UK, quase metade dos novos casos de câncer no pâncreas são diagnosticados em pessoas com 75 anos ou mais.
Tabagismo
Ainda de acordo com a instituição inglesa, os cigarros, charutos e cachimbos aumentam o risco de câncer no pâncreas.
Para ter uma noção de quão nocivo é, 20 em cada 100 casos de câncer no pâncreas são causados pelo cigarro.
Nesse sentido, a única forma de reduzir as chances de desenvolver câncer por causa do cigarro é parar de fumar completamente.
Obesidade
A obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de câncer no pâncreas, pois o órgão produz mais insulina em pessoas com excesso de peso.
Histórico familiar e genético
O risco de desenvolver câncer de pâncreas é maior em pessoas que têm:
- Pedra na vesícula;
- Pancreatite crônica;
- Parentes de 1º grau com histórico de câncer no pâncreas;
- Algum familiar com o gene de câncer de mama defeituoso BRCA2;
- Uma falha no gene BRCA1;
- Síndrome de Peutz-Jeghers;
- Síndrome de melanoma múltiplo atípico familiar (FAMMM);
- Síndrome de Lynch/câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC).
Consumo excessivo de álcool
Algumas pesquisas mostram que o risco de desenvolver câncer no pâncreas é maior em pessoas que bebem mais de 2 litros de cerveja ou 2 taças grandes de vinho por dia em comparação com aqueles que bebem menos.
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Como é feito o diagnóstico de câncer no pâncreas?
Para diagnosticar o câncer no pâncreas, o exame padrão é a tomografia computadorizada, que permite avaliar o tamanho do tumor e a presença de invasão dos vasos sanguíneos do retroperitônio.
Câncer no pâncreas: tempo de vida
O tempo de sobrevida médio de pacientes com câncer no pâncreas sem tratamento costuma ser de um ano para casos de adenocarcinoma e de até cinco anos para o carcinoma neuroendócrino.
Câncer no pâncreas tem cura?
O único meio de curar o câncer no pâncreas é quando o tumor ainda está confinado no pâncreas, ou no máximo nos gânglios.
Nesses casos, o principal tratamento é o cirúrgico, que vai remover o tumor por completo, aliado frequentemente à quimioterapia e, eventualmente, à radioterapia.
E mesmo nos casos tratados com intenção curativa, a chance de recidiva do câncer no pâncreas é grande, o que torna o prognóstico desta doença bastante reservado.
Os tumores neuroendócrinos (insulinoma e glucagonoma, por exemplo), têm se tornado cada vez mais frequentes.
Eles podem ser de diversos subtipos e eventualmente, produzem sintomas bem específicos, como a chamada síndrome carcinóide.
Além de ter indicação cirúrgica em grande parte dos casos, também é indicada frequentemente a quimioterapia e/ou terapias alvo-moleculares.
Como prevenir câncer no pâncreas?
A melhor forma de prevenir o câncer de pâncreas é adotar um estilo de vida saudável. Por isso:
- Tente parar de fumar;
- Caso não seja fumante, evite a exposição passiva ao cigarro;
- Diminua ou evite a ingestão de álcool;
- Pratique atividades físicas regulares;
- Alimente-se de forma saudável;
- Reduza a ingestão de carne vermelha;
- Evite consumir carne processada, como presunto, bacon e salame;
- Tente emagrecer, caso esteja acima do peso ou com obesidade.
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Prevenção: a melhor forma de combater o câncer no pâncreas
Como você pôde ver no artigo, o câncer no pâncreas é uma doença agressiva, que nem sempre é facilmente diagnosticada.
Por isso, o acompanhamento médico é a única forma de identificar precocemente a condição.
Apesar de ser uma doença que acomete pessoas mais velhas com maior incidência, os fatores de risco podem levar pessoas de todas as idades a desenvolver o câncer no pâncreas.
Por isso, adotar hábitos de vida saudáveis e realizar visitas regulares ao médico são essenciais para identificar e tratar tais condições adequadamente.
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